Condições Precárias de Trabalho em Colheita de Laranja em Planura Levam a Denúncias

denunciada à Polícia Militar, que visitou dois endereços onde as condições de alojamento eram alarmantes.

Condições Precárias de Trabalho em Colheita de Laranja em Planura Levam a Denúncias
Condições Precárias de Trabalho em Colheita de Laranja em Planura Levam a Denúncias (Foto: Reprodução)

Cerca de 50 homens, provenientes de uma aldeia em Paranhos (MS), foram trazidos para Planura para participar da colheita de laranja, porém, enfrentando condições de vida

deploráveis ​​nos alojamentos prometidos. A situação foi denunciada à Polícia Militar, que visitou dois endereços onde as condições de alojamento eram alarmantes.


Os trabalhadores estão acomodados em quartos superlotados, contando apenas com fogão, geladeira e guarda-roupas. Todos dormem em colchões espalhados pelo chão,

compartilhando apenas dois banheiros para um grupo de cerca de 25 trabalhadores em cada imóvel. Além disso, um cartão de alimentação prometido no valor de R$ 500 ainda não

foi entregue, e os trabalhadores descontaram os itens de segurança necessários para a colheita.


Durante a intervenção da polícia, os trabalhadores afirmaram falta de alfabetização da maioria, alegando que assinaram os contratos de trabalho sem ler o conteúdo. Eles afirmaram

trabalhar das 7h às 15h na colheita, sem saber quantas laranjas colheram até o dia seguinte. Até o momento, desconhecemos suas remunerações mensais.


Devido ao calor intenso, parte dos trabalhadores passou a dormir ao ar livre, já que dentro dos alojamentos não há espaço adequado. Além disso, falta papel higiênico e boneca de limpeza,

sendo responsabilidade dos trabalhadores, conforme alegaram os contratantes.


Os militares conversaram com um intermediário responsável por trazer os trabalhadores para Planura, que indicou ser um empresário da empresa contratante. Por telefone, o suposto

funcionário afirmou apenas indicar os trabalhadores, e o alojamento seria responsabilidade do intermediário.


Diante da grave situação, foram registradas duas ocorrências, que agora serão investigadas, incluindo a possibilidade de enquadrar a situação como trabalho análogo à escravidão,

encaminhando o caso para a Justiça do Trabalho.

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